Dica! As estradas Costa
Ricenses são muito tortuosas e sem nenhuma sinalização. Se você não quer se
perder, alugue um GPS como nós ou faça pelo modo antigo: o
mapa.
Algumas paradas depois (uma delas para comer em um restaurantezinho na beira da estrada) e muitos "oh" de surpresa pelo tamanho das planta na estrada, finalmente chegamos ao hotel onde passaríamos uma noite: Volcano Lodge. O hotel é maravilhoso e imenso, com tratamento de luxo, mas, infelizmente é muito caro (para nós). A varanda do nosso quarto dava para o vulcão, imponente em meio à um jardim cuidadosamente cultivado de plantas gigantes. Ao anoitecer, para comemorar a vida, meu pai e irmão correram na chuva até cansar, tomaram banho, jantamos no restaurante e dormimos uma noite tranquila. O outro dia nos reservava um emocionante passeio até perto da grande ferida na terra.
24/10 - Passeio ao Volcan Arenal (manhã) e ida ao Parque Manoel Antônio
Acordamos cedo, empolgados com a expectativa de caminhar em terras vulcânicas. Todos prontos, café tomado, um transporte veio nos buscar. O guia, um estudante de Letras - inglês falou animadamente sobre aquela área, explicando que antes havia uma vila próxima pois, como a última erupção antes da instalação da vila havia sido a muito tempo e, por causa da chuva a vegetação cresce rápido, o vulcão estava coberto com mata, levando-os a crer que era uma montanha. Porém, um belo dia, o vulcão entrou em erupção, devastando toda uma área e levando à morte cerca de oitenta pessoas. Segundo ele, hoje há bem mais estudos sobre vulcões na Costa Rica. Chegou até a nos explicar como foi a formação das 2 crateras que pode-se ver hoje, expelindo gases.
Assim que entramos no parque, descemos do transporte junto com o casal de belgas que nos acompanharia e, após uma parada para mais explicações, iniciamos a trilha, ladeada pelas mesmas plantas enormes, primeiro floresta primária, depois secundária. O clima era úmido e quente, mosquitos voavam por toda parte. A caminhada era agradável, ainda mais pelo simples fato de que tudo era uma novidade e de que a companhia era legal. Quando chegamos ao topo de um monte de pedras, o mais perto do Arenal que podíamos chegar, qualquer possível incômodo foi compensado. Simplesmente maravilhoso imaginar que ali, expelindo fumaça a poucos metros de mim, erguia-se uma chaminé, uma comunicação com o centro da terra, esse núcleo tão misterioso.
Depois de um tempo admirando a mata, o vulcão e, do outro lado, o Lago Arenal, tínhamos que voltar. Trilha re-feita, despedida adequada, arrumamos nossas malas e zarpamos do hotel, decididos a comer algum tipico (o prato tipico da Costa Rica é um casado, ou seja, feijão com arroz, tortillas de milho, salada e alguma carne) na estrada. Após mais umas 4 horas de viagem e estávamos em um hotel no meio da mata, em outro lugar, completamente diferente, para uma nova aventura.
25/10 - Passeio de escuna (manhã) e ida à Terceira Praia ou Praia Pública (tarde)
Após um café miúdo, fomos atrás de algo para fazer, uma vez que o Parque Manoel Antonio, nosso alvo, está fechado todas as segundas. Como parte de muitos passeios disponíveis em uma pasta na recepção, decidimos pelo passeio de escuna, esperançosos para ver baleias (embora a temporada estivesse no seu fim há muito tempo). O passeio, que saía do porto, contornava grande parte da área pertencente ao parque, com direito à uma parada para snorkeling em um mar de fortes correntezas e visibilidade quase nula por conta das chuvas. No final, nem baleias vimos, porém foi muito bom deitar, ver a bela paisagem e simplesmente sentir o balanço do barco. O almoço, servido por ali mesmo, era bem honesto e com direito a um suculento abacaxi de sobremesa.
De tarde, atendendo às vontades de minha mãe, fomos todos à praia, mais precisamente, a terceira praia ou praia pública, uma vez que as outras duas ficam dentro do parque. Comparada às do Brasil, a praia não era lá a coisa mais bonita do mundo, mas serviu para um pouco de diversão familiar. Cansados, voltamos ao hotel e dormimos. No outro dia tínhamos um objetivo fixo: visitar o parque.
Do hotel, em Heredia, onde nos hospedamos até a entrada do Parque do Vulcão Poas foram tranquilos 40 minutos em nosso carro alugado. A entrada, como era de se esperar, era mais cara para nós, turistas. Logo nela eu pude avistar as plantas gigantes, no melhor estilo Amazônia, ou então, Jurassic Park. A trilha até o Vulcão em si era bem pequena, pois havíamos subido a maior parte de carro. Ou seja: íamos ver a cratera de cima. Emocionante, não?
O café da manhã foi tranquilo e prosseguimos viagem - que, de tempos em tempos, era recheada com o guia nos brindando com explicações sobre a história do país e sua constituição. Uma vez no barco, chegamos com relativa rapidez no hotel, onde nos dirigimos para o nosso chalé. Depois da janta, havia programada uma 'visita guiada' pelos domínios do hotel, com parada entre as plantas para exposições sobre as mesmas (devo reconhecer que essa parte foi sem graça, uma vez que aqui, no Brasil, também temos plantas tropicais. Por exemplo, uma das coisas apresentadas como 'diferencial' foi uma mangueira) e, ao fim, uma caça divertida à ranita de ojos rojos ou, rã de olhos vermelhos.