segunda-feira, 29 de novembro de 2010

FUVEST 2011: Prova, gabarito, experiências

Todo mundo que acompanha os jornais, acompanha notícias, tem filhos na idade do colegial ou simplesmente está consciente do mundo ao seu redor sabe que domingo, 28 foi dia da primeira fase da FUVEST 2011. Eu, como aluna do Primeiro Ano do Ensino Médio e consciente de que minha carreira, cinema, não tem uma nota de corte lá muito baixa (63 ano passado), assim como não tenho vontade de fazer cursinho, resolvi então, desde já, participar como treineira e não deixar para o Segundo Ano.

A experiência começou ao acessar o site para inscrição e descobrir que eu precisaria de um CPF. Então lá vou eu, enfrentar uma fila de quase uma hora para conseguir os dígitos do cartão azul e, enfim, fazer e pagar a inscrição. Era só esperar para saber onde seria a minha prova. No dia 22, como divulgado no site da fundação, foram divulgados os locais de prova: uma página assustadora com números enormes (tanto no tamanho da letra quanto no tamanho dos números em si) mas, que no final, se revelou bem prática. O local estava lá: Politécnica, Biênio. Os passos seguintes eram óbvio (não para esses candidatos aqui): verificar o local da prova no sábado e ter certeza de que todas minhas informações estavam certas. Sala identificada, tudo ótimo, era só voltar pra casa e garantir que eu estaria bem no "grande dia".

No domingo em si, arrumei com atenção todo o material necessário para a prova: lápis, caneta, borracha, documento, ficha de inscrição, lanche. O café da manhã e o almoço foram tranquilos e suficientemente nutritivos. Chegar na Poli no dia da prova foi uma experiência e tanto, o prédio estava lotado, lotado, lotado de estudantes nervosos, pressionados, preocupados. Assim que deu o horário, todos subiram para suas respectivas salas, entrando, organizando-se, preparando-se. Aproveitei o fato de que estava só treinando para observar as pessoas: algumas com roupas confortáveis, outras arrumadas como quem vai ao shopping; algumas com água e barrinhas de ceral, outras com quilos de chocolates e sucos e outras ainda com salgadinhos e refrigerantes; alguns terrivelmente nervosos, outros nem tanto, enfim, uma diversidade única.

A prova começou tranquilamente, e assim também comecei a resolver. No total, foram 90 testes que fiz em 4 horas, sendo que chutei 20 questões por não saber e devo ter demorado uma boa meia hora passando tudo para o gabarito. Assim que saí da sala, vi muitos candidatos desesperados (provavelmente saíram cedo por terem jogado a toalha) e pais nervosos esperando seus filhos. A caminhada até a Faculdade de Educação, onde encontraria meu pai foi uma experiência a parte. Lugares da USP em que normalmente haveria muitas pessoas, estavam desertos. Nas ruas, pais e mais pais perdidos, confusos e apressados. Nos prédios onde foram aplicadas as provas, estudantes esparramados por aí, discutindo, ouvindo música, enfim, cuidando de suas vidas. Uma outra USP.

Uma vez em casa, o que fiz foi conferir o gabarito: 45 acertos de 90. Treineiro de Humanas, como fiz, teve no ano passado 49 como nota de corte. Também separei da prova que a própria fundação divulgou, aquelas que errei, separando por área e analisando o que devo estudar para futura referência. Responsável? Organizada? Sim, mas acima de tudo, preocupada comigo mesma.

Enfim, após toda essa experiência inédita, tenho uma dica para os candidatos: não se desesperem. Confiem em si mesmos. Organizem-se. Façam a prova normalmente, com a mesma seriedade que fariam qualquer outra. Tentem não se levar pela "pressão" pois ela pode tomar conta de seus pensamentos e empurrar para lá o que deve de fato fazer parte: a concentração, o raciocínio, os conhecimentos em si. Preparem-se bastante. E, acima de tudo, sejam sinceros com vocês mesmos. Não adianta esperar uma nota maior do que sabem que vão conseguir.

Ah! Antes que eu esqueça, links úteis da FUVEST 2011: