sexta-feira, 4 de março de 2011

Paixão segundo a biologia

Sempre existem aqueles momentos, quando você não tem nada para fazer, que começa a pesquisar coisas aleatórias... No meu caso, foram os aspectos físicos da paixão. Decidi compartilhar:

Pra começar, o que é a paixão? É quando você encontra sua alma-gêmea e, oh, só quer essa pessoa? Segundo cientistas, a paixão tem a ver com uma série de reações químicas produzidas no nosso organismo com um fim: encontrar um parceiro adequado para ter filhos melhores geneticamente. Basicamente, é o mesmo que acontece na natureza, com seus muitos rituais de acasalamento. A diferença, aqui é que não há uma data específica, uma época do ano onde todos os machos de nossa espécie se juntam para exibir suas habilidades para as fêmeas (como a famosa piracema dos salmões, por exemplo). Seria engraçado se acontecesse, não?

Uma entrevista feita pela pesquisadora Cindy Hazan concluiu que a paixão biológica dura entre 18 e 30 meses, tempo suficiente para que um casal se conheça, se relacione e produza uma criança. Conforme o tempo vai passando, o corpo vai se tornando imune às substâncias que produzia no começo (dopamina, feniletilamina, e ocitocina) e o efeito da paixão vai acabando. Depois disso, ou o casal se separa ou eles arranjam um meio de ficar juntos através de outras coisas como companheirismo, afeto e tolerância.

Mas como nosso corpo "escolhe" quem é biologicamente melhor para apaixonar-se e reproduzir-se? Através do que é captado pelos cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato. Através da visão, um avaliará o outro. Analisará, em primeiro, se é um indivíduo geneticamente saudável, com duas orelhas, olhos, boca etc. A segunda coisa é a análise no sentido cultural. Entram aqui as experiências de cada um, o que é melhor para o tempo, as influências de cada um.

A audição servirá tanto para selecionar os parceiros quanto para o processo romântico em si, através das músicas e frases de amor. O tato faz parte do conhecimento do outro. Um bebê vai descobrindo o mundo pelo tato, antes de tudo. Assim funciona com a gente também. Toda a extensão de nossa pele tem sensores dos mais diversos gêneros. Vai dizer que um carinho não é bom?

Com relação ao paladar, temos o beijo. Beijo esse que aumenta os batimentos do coração, beneficia a oxigenação do sangue e estimula muitos músculos faciais. Durante o beijo, a boca é invadida por cerca de 250 bactérias, 9 miligramas de água, 18 de substâncias orgânicas, 7 decigramas de abulmina, 711 miligramas de materiais gordurosos e 45 miligramas de sais minerais. Também estimula as terminações nervosas, que provocam uma reação em cadeia.

E o olfato? Existem alguns cientistas que afirmam que os seres humanos transpiram substâncias químicas, os feromônios, que seriam notados no olfato e diretamente relacionados com sexo. Segundo eles, o "amor à primeira vista" seria prova concreta da existência dos feromônios pois estes produzem reações químicas prazerosas, fazendo com que nos tornemos dependentes deles e, assim, desejando mais a cada ausência. Com ou sem feromônios, uma coisa é certa: não existem duas pessoas com o mesmo cheiro, uma vez que o cheiro está relacionado com a alimentação de cada um. Mesmo aqueles que usam o mesmo perfume terão cheiro diferente pois seus corpos reagem de maneira também diferente.

E aí, tem certeza que foi você que escolheu, totalmente conscientemente, aquela pessoa para amar?



Fontes: