sábado, 2 de abril de 2011

Texto para inspirar-se - Fernanda Mello

“Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta. No meio do caos que anda o mundo, aceitar é ser feliz.”

“Eu sou uma eterna apaixonada por palavras. Música. E pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono. Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida. Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece.”

“Me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida. Explicação mesmo, eu sei: não há. E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe. E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: O que eu quero mesmo?”

“Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E – sem saber – busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir… Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem – na verdade – a gente é.”



Achei no Depois dos Quinze

Um grito de protesto!

Que eu ando afastada, todo mundo notou. Mas o porquê... Bom, simplesmente porque esse ano estou em uma escola mais forte. Resultado: horas e horas de lições e estudo. Pois bem, lá estava eu fazendo lição de Gramática: reescrever três parágrafos de um determinado texto, respeitando as regras de ortografia vigentes. Quando comecei a fazer, puxa, que raiva que me deu! Resolvi postar sobre. O texto se chama "Jogos de comunicação" e foi feito por Antônio Prata. Leiam.

≠s d comunikssaum

por Antonio Prata

A 1ª vz q abri o e-mail e dei de kra c/ uma msgm assim, naum entendi nd. Pnsei q era pau do outlook, pblma do cputador. Naum, nd dsso: era soh + uma leitora da KPRIXO que flava essa stranha lihngua da internet. Como a kda dia que passa, rcbo + msgs nesse dialeto sqzito, percbi q, ou aprendia eu tb a tklar assim, ou fikava p trahs. Na natureza nd c perde, nd c cria, td c transforma: tinha xgado a hr de eu tb me transformar.

Minha 1ª atitud foi tklar para Ehrika, uma garota que screv nessa lihngua, e prgntar como eu fazia p aprendr. Ela flou o sgte: “tipo_eh soh trocar CH por X, Ç por SS, H em vez de acento (é /eh; só/soh) e comer o máx d letras possihvel. Entendeu?” O q naum entendo eh pq tnta complicassão. Era taum fahcil scrver o bom e velho port_ Pgntei p o Joaum, 1 primo meu q screv ateh poemas desse jto: pq as pssoas estaum screvndo assim? Ele me garantiu q era pq era + fahcil. Serah? Olha soh, Joaum, Ehrika e td mdo: p tklar naum, uso 4 tklas. Para tklar não, tb uso soh 4. Eh =, ueh?! Kd a facilidad? (...)

Sei lah pq, + tenho minhas nohias. Serah q os garotos e garotas q passm o dia todo tklando assim, na hr que tiverem que screvr uma redação em port nrmal, vaum conseguir? Meu medo eh q os garotos e garotas, acostumads a essa forma de comunikssaum, tenham dfculdads c/ as outrs. Afnal, a histohria da humanidad estah tda em livrs, escrts com o portugs culto, cheio de vogais, acentos, vihrgulas, pontos e tdo+. Ou serah que, no futuro, os livrs vaum ser traduzids para a internet? (...)

Serah? Sei naum.,. Tvez eu seja antiquad, 1/2 pessimista, + gost da nossa lihngua e de tdos os pqnos dtalhes. Screvam como quiserm, c comuniquem na lihngua da internet, em cohdigo Morse ou c/ hierohglifos egihpcios, dsd q, d vz em qdo, abram um livro desses antigos, q usam acentos, e dehem uma lida. Tvez d + trbalho do q tklar no msnger, no ICQ ou num chat. + garanto que eh do kct.

Bjs, []s e ateh a prohxima edissaum.

Ass. Antn Prt!

Leram? Agora parem pra pensar no que vocês leram. Voltem todas as suas mensagens e tudo o mais: quantas pessoas vocês conhecem que escrevem assim? Que elas existem, sim, eu sei, mas daí para dizer que todo o mundo escreve desse jeito, não dá! É muito fácil, inclusive, perceber as incoerências no próprio texto: se ele escreve "naum", porque não escreve "complicassaum"? Se, de fato, o objetivo é escrever como nós, adolescentes preguiçosos, para que as pontuações, as letras maiúsculas? E não é só esse texto que eu já li sobre como nós não sabemos escrever na internet. Não sei as redes sociais em que vocês freqüentam, mas para mim, quem escreve errado é zoado até a morte. Alô, adultos que pensam como esse: não generalizem. Por incrível que pareça, nós escrevemos e lemos sim - se não, por que teria tanta gente que leu toda a série Crepúsculo? Parem de falar sobre a nova língua que criamos e como ela não deve ser usada na prova, porque a maioria de nós sabe disso! Obrigada.