domingo, 5 de setembro de 2010

Meu futuro como cineasta

Olá! Meu nome é Laura e eu tenho 15 anos. Era de se esperar que eu tivesse muitas dúvidas sobre o que eu quero ser quando crescer, não é? Acontece que eu não tenho. Eu quero ser cineasta. Simples assim. Mas de onde vem esse desejo?

Até o final do ano passado, eu queria ser arquiteta. Foi em um TGV (train de grand vitesse, o famoso trem rápido europeu) para algum lugar que minha mãe contestou a ideia. Disse que não combinava comigo. Eu respondi que eu não conhecia muitas profissões, e que assim ficava difícil escolher. Ela começou a dar sugestões, muitas delas, de variados tipos. Até que surgiu: cineasta. Na hora, eu adorei. Não sabia porque. Queria contar uma história, dar vida a elas. Mas não era apenas aquilo.

Há pouco tempo atrás, uma colega de sala perguntou como eu tinha tanta certeza. Parecia admirada: mesmo eu sabendo que ser uma diretora é arriscado, não há a certeza da renda fixa, nem a garantia de que os filmes darão certo. A resposta veio em um clique: eu tenho uma mensagem. Viajei por vários lugares, incluindo a Europa. A imagem que chega do Brasil por lá é: mata, favela, droga, prostitutas, cobras, índios e violência gratuita. Isso se espelha no nosso cinema - não todos os filmes, é claro, apenas aqueles que seguem o estilo Bope, Cidade de Deus, Carandiru e mesmo Valter Salles e sua infinidade de paisagens secas e pobres. O fato é que nosso país não é só isso, ele é mais. Eu quero contestar essa imagem, quero mostrar que o Brasil não é só futebol, feijoada e carnaval. Vou, sim, contar minhas histórias, vou dizer pro mundo que produzimos algo melhor que o BOPE. E você, o que vai fazer por nossa nação?


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